Data: 17/01/2025 

Horário: 19h às 21h  

Local: Cinema Sesc Ver-o-Peso 

Neste livro de contos, Fábio reflete sobre Belém, na semana do seu aniversário e no começo do ano da COP 30. O momento é apropriado para pensar sobre essa cidade e sobre o seu papel na Amazônia. E a literatura sempre participou ativamente da invenção da Amazônia como lugar.  

O texto do livro está centrado na dicotomia ciência/ficção. Esse é o conflito central do livro. A ficção está dissimulada em aparências de realidade e de ciência: relatos geográficos imaginários, análises literárias de textos que nunca existiram, relatórios policiais de crimes imaginários, etnografias de populações desconhecidas, histórias de fantasmas que não chegam a ser contadas. O mote do livro é desconstrução da narrativa convencional e a crítica da ideia de cultura. 

Do ponto de vista narrativo, trata-se de um padrão de realismo mágico que, talvez, possa ser compreendido como ensaio ficcional. O realismo mágico atravessa o livro: bairros que mudam de lugar, bibliotecas enterradas, calígrafos sedutores, ventríloquos lascivos, duplos de seres humanos, poetas menores da Cabanagem, faculdades secretas, luzes no céu e o testamento político do cônego Batista Campos.